Capital do estado do Brasil que mais produz café no mundo, Belo Horizonte tem boas cafeterias, com perfis para diferentes públicos. Conheça a seguir alguns desses cantos criados especialmente para apreciar um bom café.  

Academia do Café

Uma das mais importantes cafeterias e microtorrefações do país, é a casa de Bruno e Débora Souza (produtores de café) e também de Julia Fortini, barista campeã do Campeonato Brasileiro de Preparo de Café 2020. Eleita a melhor cafeteria de Belo Horizonte em 2014 (Veja BH) e a melhor cafeteria do Brasil em 2018 (Prazeres da Mesa), fica em uma casa acolhedora, com mesas ao ar livre, loja turbinada com diversos utensílios e cafés e um balcão de onde saem excelentes xícaras e comidinhas.

Os baristas são atenciosos e bastante preparados para explicar a interessante carta de cafés e preparar as bebidas com técnica e precisão. Além do espresso, há boa diversidade de preparos, como V60, Clever, prensa francesa e Aeropress. Entre os grãos, alguns da fazenda própria, além de microlotes de outras regiões que mudam constantemente, como Bahia, Sul de Minas e Caparaó. Destaque para o bourbon vermelho da Débora, produzido pela família na Fazenda Esperança, em Campos Altos, Cerrado Mineiro. Entre as comidinhas, prove o croissant artesanal e o clássico pão de queijo. A empresa, que nasceu como uma escola e laboratório de café, oferece uma agenda completa de cursos presenciais e online.

Café Magrí

Aberta em 2018, esta simpática cafeteria conduzida por Marília Balzani, tem seu projeto focado em ingredientes de pequenos produtores, alimentos orgânicos e rastreabilidade de todos os produtos. As artes plásticas permeiam a decoração do pequeno espaço e também a apresentação dos pratos e bebidas, bastante caprichada.

Difícil dizer o que é melhor, se são os cafés ou se são as comidinhas. Para beber, vale provar o Aeropress, preparada com cafés renovados constantemente. Mas também o espresso, a V60, e outras bebidas, como cappuccino e chocolate quente valem cada gole. Uma das novidades é o refrigerante artesanal de café com limão siciliano, que tem feito bastante sucesso. Para comer, a dica é provar o queijo quente e o paõzim de canela, servido quentinho e coberto por buttercream. O brunch costuma fazer bastante sucesso, com panquecas, torradas especiais e outros quitutes preparados na cozinha da casa.

Elisa Café

Aberta em abril deste ano por Ana Elisa Saldanha Alves, o Elisa Café tem despontado como uma das boas cafeterias de BH. Com equipamentos de primeira linha e cafés de alta qualidade, chama a atenção dos apreciadores. Embora tenha aberto no formato “to go”, apenas para retirada, os clientes foram querendo ficar mais e a cafeteria ganhou algumas mesas. Em breve, abrirá uma nova unidade maior e com mais mesas e cadeiras no mesmo quarteirão.

Um dos destaques do cardápio fica para a Experiência de Café Coado Gesha: o café da premiada Daterra é preparado no método Gina, tipo de preparo coado com controle da extração, raro em cafeterias do Brasil. Junto com a xícara, o cliente recebe um pote com um pouco do café moído, para apreciar a fragrância, além de um cartão com as informações sobre o café. O espresso varia entre um blend da Fazenda Campo Alegre (Sul de Minas) e o bourbon amarelo da Fazenda Guima (Cerrado Mineiro). Entre os coados, há arábicas e canéforas, como o conilon jequitibá, da Fazenda Venturim.

Quem estiver com pequenas fomes, pode pedir, entre outras opções, os cookies de chocolate 63% cacau ou o pão de queijo “bem mineirinho”, com bastante queijo das regiões da Canastra ou Serro de Minas.

Oop Café

Em africâner, Oop significa “aberto”. E explica bem o conceito da cafeteria, inaugurada em um calçadão do bairro Funcionários, coração de BH, desde 2016. Além de mesas na calçada e em um salão, a casa conta também com um balcão que serve excelentes cafés especiais garimpados em parceria com pequenos produtores e produtoras.  

Os cafés podem ser consumidos em excelentes espressos ou filtrados e apresentam grãos que são constantemente renovados. Atualmente, a casa conta com opções como o Café do Dério, de Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, com doçura intensa de rapadura, corpo vinhoso e acidez equilibrada. Outra sugestão é o café da Miriam, um café orgânico doce, com notas de chocolate, encorpado e de acidez baixa, produzido na Fazenda Cachoeira, em Campo das Vertentes (MG).

Sebastiana Café

Instalada no bairro de Funcionários, na capital mineira, a Sebastiana é uma cafeteria que se define como gerida e abastecida por mulheres. A delicadeza e o capricho podem ser notados desde a ambientação, cheia de cores até a apresentação dos pratos.

Para beber, oferece cafés especiais e para comer, quitutes preparados na própria casa. Fazem bastante sucesso o pão de queijo com linguiça, o torradão de abobrinha e cogumelos (vegano), a torta de chocolate e caramelo e o bolo toalha felpuda, de coco. No café da manhã, um dos destaques são as panquecas, servidas com caramelo salgado e frutas.

Cafés espressos, coados, quitutes deliciosos, pães de queijo imperdíveis e muita, muita hospitalidade são um convite irrecusável para visitar cafeterias em Belo Horizonte (MG). Aproveite quando estiver na capital mineira e anote estas dicas do Guia de Cafeterias – Belo Horizonte do PDG Brasil.

Créditos: Flavio Jota de Paula (destaque), Academia do Café, Café Magrí, Oop Café, Sebastiana Café e Elisa (café coado e cookies).

PDG Brasil

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